Walacinho descobriu
que sua esposa o traiu
com Wellignton Tarugo
Walacinho quando ouviu
com Deus e o Demo dividiu
mas os dois ficaram mudos
Walacinho explodiu
do ódio o ócio ele cuspiu
pegou o ferro na gaveta
Três caroços no Tarugo
depois disso ficou surdo
e só ouvia o capeta!
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
Kelly Maria sua mulher
quase não acreditou
na história que chegou aos seus ouvidos
Jurava eterno amor a Walace da Silva Severino
Disse ao homem que era tudo fuxico da comunidade
Quem sabe agora se Kelly é mentira ou é verdade?
Um cabra mata o outro
para ser respeitado no mundo
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
Mulher trepa no homem
que trepa na outra que trepa em tudo
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
Quem é que balança o rabo
no baile, no samba, no duro
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
Quem é que estufa o peito
e no pêlo põe mais um filho no mundo
Sou tão bicho
quanto os bicho que julgo!
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Dois Poeminhas Com Meleca
Do nascimento a criação
Antes de nascer eu era um pó invisível aos olhos da poeira,
mas visível a natureza dela.
Criado com aglomerados de poeira, daqueles que vivem no chão.
Quando fui varrido me juntei com mais um monte de poeira.
Alguns me sujaram para o leviano,
outros para o compassivo.
Sou parte de dois, mas sou um.
Um aglomerado crescendo na poeira da vida,
e uma melequinha no nariz de Deus.
Meleca
Eu sou uma meleca!
Alto lá! Não sou qualquer meleca não!
Sou aquela retirada em segredo, no fim do dia.
E que você aproveita sozinho no canto do teu quarto
Que nem lembrança boa.
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
pesanmento
tento verter um grito único rápido mas cada hora é um grito diferente e às vezes são tantos ao mesmo tempo que tenho que selecionar e passar rápido para o papel quem dera se pudesse gravar esses gritos mudos da minha mente e a mente é tão complicada que não consigo transcrever todos os ruídos e como as palavras são complicadas também e como quero aprende-las o que eu escrevi foi um grito que passou por dois segundos bem discreto na minha mente e precisei de oitenta e sete verbetes pra tentar explicar dois segundos agora noventa e sete cem cento e três cento e seis...
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Tento não ser bicho
Lembro depois o que sempre esqueço...
Na verdade não esqueço, tento.
Tento expulsar, rejeitar, retirar.
Mas nunca esqueço, nunca rejeito.
Tento.
Na hora da raiva, do ruivo, da relva
Um ritmo: sem tento sem tempo.
E depois eu lembro o que sempre esqueço...
Sou tão bicho quanto os bichos que julgo.
Na verdade não esqueço, tento.
Tento expulsar, rejeitar, retirar.
Mas nunca esqueço, nunca rejeito.
Tento.
...tento, tento, tento, tento, tento, tento...
Tento tanto!
Tento tanto!
Tento muito!
Mas falta tento!
Mas falta tento!
Na hora da raiva, do ruivo, da relva
Um ritmo: sem tento sem tempo.
E depois eu lembro o que sempre esqueço...
Sou tão bicho quanto os bichos que julgo.
Neruda...
Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
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